domingo, 31 de maio de 2009

OS MALABARISMOS DAS ELEIÇÕES E GOVERNAÇÕES

CÃO: Viste no Expresso a notícia a dizer que Cavaco Silva e família tinham mais de 100.000 acções do BPN, que venderam passado algum tempo e ganharam na transacção?
PINCHA:
Sim. Mas isso é ilegal ou criminoso?

CÃO:
Que eu saiba, não.
PINCHA:
Então, qual a admiração?

CÃO: A primeira, é o título da notícia. A segunda é a informação de que a equipa da Presidência não quis prestar mais informações sobre o assunto. A terceira é a escolha de factos comezinhos, que acontecem constantemente a certas pessoas, para os utilizar como chamariz para vender jornais!
PINCHA:
A não ser que as acções tenham sido vendidas «num momento oportuno» pouco antes de se saber do descalabro do Banco e com informação privilegiada.

CÃO: E se o dono das acções fosse um jogador habitual da bolsa?
PINCHA:
Então poderíamos «desconfiar» que qualquer coisa de sobrenatural, incluindo a escolha de colaboradores, assessores, etc. tal como o engenheiro «arguido» que aparece agora ligado ao caso Freeport.

CÃO: Agora que se aproximam três eleições seguidas, o que mais se irá desenterrar para anunciar em parangonas espectaculares a fim de vender mais jornais e iludir os contribuintes?
PINCHA:
Não sei, mas tudo é possível nesta luta pelo poder, com o lavar de roupa suja e as insinuações, às vezes, malévolas, feitas por todos os partidos. O que gostaria é que isso não acontecesse e que todas as propostas se transformassem em ideias e ofertas voluntárias para servir o público. Que os chamados candidatos, fazendo propaganda à custa do contribuinte, não corressem atrás do dinheiro, da vida fácil e das «benesses» de Bruxelas e de Lisboa. É que eles surgen agora que nem cogumelos! Mas, para isso, seria necessário que todos os nossos políticos fossem devidamente «educados» desde o berço e não nascessem gananciosos, com bons exemplos para imitar.

CÃO: É por isso que andas a vasculhar os contentores de lixo em vez de ser eu os marcar com o meu perfume peculiar?
PINCHA:
Sim. Procuro desesperadamente alguém que:
- tenha idade e vontade de «trabalhar» e educação sem os vícios que esxistem,
- seja dedicado à causa pública e não a interesses particulares,
- utilize o bom senso e a calma,
- não nos iluda com conversas fiadas em que muito se promete enquanto se deseja o contrário,
- seja humilde, aprenda com os erros e justifique as suas acções publicamente, sem intermediários,
- seja honesto e franco, apresentando publicamente os bens que possuir à «entrada» e à «saída»,

CÃO: Na tua ronda pelos contentores tiveste a sorte de encontrar alguma coisa?
PINCHA:
Ainda não, mas continuo à procura. Se não encontrar, vou dizer o que acho de todos estes «fala baratos» que não passam de «maldizentes mútuos e crónicos». Em mais de 30 anos de «democracia» descobriste algum? Contudo, todos se dizem melhores do que os anteriores e posteriores.

CÃO: Então, andas à procura de outro Salazar?
PINCHA:
Nem por sombras. Contudo, não me importava de ter alguém com 25% de honestidade de Salazar com 75% daquilo que Quirino de Jesus dizia e de que falámos um dia no nosso post CARNAVAL CENSURADO, de 21 de Fevereiro deste ano.

CÃO: Por acaso, já leste com atenção o FIM DE PRUMO, de Alves da Fraga, que diz também algumas coisas sobre a política? Talvez descubras algum caixote de lixo onde possas ir buscar o teu ideal.
PINCHA:
Não acredito. Mas alguns comentários que fiz no seu blog ainda não viram a luz do dia. São «moderados». Talvez também não lhe convenha divulgar tudo o que dizem a respeito do seu blog. Por isso, devido à «revolução» pelo menos nos livrámos das antigas CENSURA e PIDE. Haja saúde.

1 comentário:

Anónimo disse...

Alguns «democratas» são tão «moderados» que fazem os possíveis por não ouvirem mais do que a sua própria voz, seguindo sempre apenas as suas ideias.
É a economia!