quinta-feira, 21 de maio de 2009

MEMÓRIAS, MEMÓRIAS…

CÃO: Disseste alguma coisa no blog psicologiaparaque?
PINCHA:
Disse que tínhamos gostado do mesmo e que também conhecíamos factos acerca do nível social dos «marinheiros» em relação aos outros dois ramos das Forças Armadas.

CÃO: Tu sabes alguma coisa sobre isso?
PINCHA:
Um amigo meu contou-me que quando esteve, há muitos anos, na Base do Montijo o comandante, que era oriundo da Marinha, fazia questão de convidar os oficiais e suas esposas pelo menos para um jantar anual, na Base, no qual todos confraternizavam. E não vivia ninguém na Base! Quase todos viviam em Lisboa ou arredores.

CÃO: E qual a novidade?
PINCHA:
É que no Exército e na Força Aérea, raras vezes isso acontecia. Além disso, até na Guiné, os oficiais da marinha que tinham lá as esposas levavam-nas para a messe pelo menos uma vez por semana para jantarem todos juntos. Isso acontecia nos outros dois ramos das Forças Armadas? Parece que os oficiais querem as esposas longe dos camaradas.

CÃO: Achas que sim? Porque será?
PINCHA:
Não sei. Pode ser apenas coincidência ou falta de lembrança. Até pode ser que os homens prefiram ficar com a «língua» mais solta. Ou até pode acontecer que gostem de contar as suas «aventuras». Mas não há dúvida que seria muito mais agradável e «civilizado» que todas as senhoras estivessem a conviver, em conjunto com os maridos, sem o preconceito das patentes, dos graus académicos ou dos títulos nobiliárquicos.

CÃO: Continuará a ser assim?
PINCHA:
Não sei. Já não me encontro com esse amigo, que foi miliciano durante muito tempo por causa da «guerra», mas pelo que li no blog psicologiaparaque, essa ideia de não convidar especificamente as esposas continua válida e, a de elas não irem «mesmo á revelia», também.

CÃO: É assim tão desagradável para os humanos terem as esposas junto de si ou será que elas servem só para tomar conta da casa?
PINCHA:
Não são, mas não tenho dúvidas de que em muitas empresas e até estabelecimentos de ensino fazem festas, que não são especificamente reuniões de serviço, em que convidam só os «titulares» e nunca as esposas. Elas também não vão acompanhar os maridos.

CÃO: Talvez se sintam bem com outras companhias para não estarem sozinhas!
PINCHA:
Talvez, mas o meu amigo não tinha essa ideia e sentia pena de ir sozinho.

CÃO: Eu não tenho cá a minha companhia porque não a possuo.
PINCHA:
O velho do portão também já não a tem. Mas eu tenho e o tempo que estou aqui contigo é para apanhar sol ou desentorpecer as pernas enquanto a minha mulher estiver a fazer trabalhos nos quais não posso interferir. Viste que não me demoro muito. Até amanhã.

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