sexta-feira, 12 de junho de 2009

A FECHAR E A TRANSFERIR

Somos Políticos Apartidários Intervenientes com imensa vontade de tentarmos melhorar o nosso País que tão grande foi no passado mas que se deixou definhar aos poucos.
Só as 7 maravilhas portuguesas no mundo já dizem qualquer coisa daquilo que fizemos e que deixámos de continuar.
Pelo menos agora, vamos instituir uma verdadeira democracia: uma democracia real.
Para isso, é necessária a ajuda de todos. Colaborem.
Tínhamos este blog desde 4 de Abril de 2007.
Mudámos agora, por conveniência, para o blog que tencionamos manter durante muito tempo:
http://compincha.wordpress.com/
e o endereço electrónico é:
apartidarios@gmail.com
Obrigados pela comparticipação.
CãoPincha

quarta-feira, 10 de junho de 2009

"VITÓRIA!" DISSERAM ELES

CÃO: Ouviste o alarido com que clamaram «vitória»?
PINCHA:
Não compreendo em relação a quê é a vitória. Se é uma luta de galos está bem. Se é por causa dos chorudos vencimentos e mordomias que os «eleitos» vão ter, até está óptimo. Mas, se é para o bem do povo não vejo qualquer vitória mas sim «despesa». Tenho de esperar pelos impostos.

CÃO: Se eles ganharam por maioria?
PINCHA:
Maioria de quem? Da abstenção?

CÃO: Explica lá isso melhor.
PINCHA:
A abstenção foi de 63%. Logo, votaram apenas 36%. Destes, 4,63% são brancos e 2% nulos. Sabes o que significa isso para quem não é «cegueta» ou «mentecapto»?

CÃO: O que é que queres dizer com isso?
PINCHA:
Aqueles que votaram em branco, provavelmente, disseram que queriam participar nas não eleições e na vida politica (sem ser a democracia orgânica, de Salazar) mas que não conheciam suficientemente os candidatos e os seus programas. Os votos nulos até podiam querer dizer qualquer coisa mais: que conheciam suficientemente os candidatos para não terem confiança em qualquer deles.

CÃO: Se isso é verdade, o que se vai fazer?
PINCHA:
É muito simples. Introduzir no boletim um quadradinho em que o eleitor possa dizer que não confia em qualquer dos indivíduos ou partidos apresentados no boletim. Assim, talvez até a abstenção seja capaz de diminuir drasticamente. Se temos a mania de que somos os «melhores do mundo» ou pelo menos, fomos, qual a razão de não se instituir uma regra semelhante? Seríamos os pioneiros e saberíamos, de imediato, alguns dos anseios dos portugueses. Suponho que «quase» nenhum dos eleitores mentalmente saudáveis, a não ser os correligionários, comparsas ou beneficiários, iria votar agora num Dias Loureiro, Oliveira e Costa, Rendeiro, Vale e Azevedo e muitos outros que não se mencionam para não engrossar a lista. Se assim não for, como poderemos «demonstrar legalmente a nossa indignação» para com o estado de coisas em que estamos?

CÃO: Votando em branco ou riscando o boletim como já propuseste.
PINCHA:
Para quê? Para os «fazedores de opinião» dizerem que uns são analfabetos e não sabem votar e que outros se esqueceram de fazer a cruzinha no local apropriado? Qual o interesse que as pessoas honestas têm de ir votar nestas condições se não puderem protestar «honesta e claramente» contra o estado de coisas a que nós chegámos sem se «esquecerem daquilo que não se lembram» como o Dias Loureiro e outros que tais?

CÃO: O Dias Loureiro não tem bens para penhorar!
PINCHA:
Pudera! Deve ter-se esquecido deles em alguma empresa tal como o Vale e Azevedo. Até tenho pena deles e estou a ponderar em fazer uma subscrição pública para os ajudar a todos a não cair na indigência como o Manuel Damásio dos cavalos, etc. que não tem coisa alguma e, só por isso, quase que não tem de pagar impostos. Vive à custa dos amigos que o ajudam por ser muito boa pessoa.

CÃO: Mas estás tão insatisfeito com as votações?
PINCHA:
Não estou insatisfeito. Estou perplexo e desconcertado com as euforias. Se fizeres as contas, vês que o partido chamado vencedor não tem mais do que 9,58% da população portuguesa a seu favor incluindo os correligionários, os arrivistas ou oportunistas, os funcionários, os indiferentes e, talvez, alguns distraídos ou aqueles que não tinham ninguém mais em quem votar. Repara que é absolutamente trágico, caricato e inconcebível «arrotar» uma maioria quando, com todos os pertences juntos, nem 10% da população está em seu favor. É arrogância demasiada. É não ter o senso da realidade ou ter senso a mais porque, com a faca e o queijo na mão poderão distribuir as melhores fatias pelos «seus» deixando os outros 90% da população a tropeçar na miséria. Isto será democracia? Se a diferença fosse de 50%, talvez se pudesse admitir desde que os outros 50% não ficassem a uma distância muito grande dos afortunados. Se assim não for, não estaremos a muita distância de Salazar que nunca «gramei», pelo menos, tinha menos corruptos e vigaristas.

CÃO: Estás maledicente e parece que estás desiludido.
PINCHA:
Não estou desiludido. Estou desorientado. Quero votar, quero participar, quero no meu país a democracia que foi prometida em 25 de Abril de 1974 e parada em 2 de Maio, podendo eu ter dúvidas de que ela começou a ser praticamente desvirtuada, logo de início, com a primeira tomada de posse de alguns dos membros da Junta de Salvação Nacional. E não sou só eu que digo isto!!!

CÃO: Vamos dormir que já não aguento o teu mau humor.
PINCHA:
Oxalá que durmas bem e que não te comece a faltar a comidinha, o descanso e os passeios de demarcação de que tanto gostas. Com o rumo que as coisas estão a tomar não auguro nada de bom. Se querem a verdadeira democracia com participação do povo, que dêem voz activa aos que têm de trabalhar e não têm tempo a perder nos partidos e nos comícios. São esses que sustentam a economia, o desenvolvimento e o progresso do país. A esses é necessário dar voz para poderem dizer rapidamente aquilo que querem e aquilo que não querem. Para eles, oresto do tempo é para trabalhar, sustentar a família e descansar para conseguirem «render» mais. E é tudo tão simples: basta introduzir mais um quadradinho para o cidadão poder dizer que não deseja votar em qualquer dos nomes indicados no boletim.

Aí a participação poderia aumentar e a democracia ficar fortalecida para o povo e não para alguns.

domingo, 7 de junho de 2009

«VICTORY»

CÃO: Estão a gritar “Vitória”, “Vitória” na televisão.
PINCHA:
Quem esteve a gritar? A Abstenção?

CÃO: Não. Foi o PSD.
PINCHA:
Devem ser os «challengers» a dizer que tiveram uma «performance» muito boa e que são melhores (ou os menos piores?) do que os outros.

CÃO: O que queres dizer com isso?
PINCHA:
Se calhar, nas eleições anteriores foram nabos em vez de serem mais espertos como se julgam agora. Talvez até tenham sido pouco escrupulosos nas suas actuações anteriores para deixarem fugir os votos para outro partido. Os eleitores devem ter-se fartado das suas «fugas», asneiras, burrices e intrujices, tal como se mostram agora fartos do partido que está com a mão na massa e a fazer asneiras sobre asneiras.

CÃO: Que asneiras? Do deserto? Dos camelos? Do Freeport? Do Eurojust? Dos empreendimentos megalómanos em tempo de crise? Do PBB e BPN onde também os outros estão metidos?
PINCHA:
Sim, mas também do «Marocas» para Presidente e, agora, do «Mortal» para a União Europeia.

CÃO: Tu bem dizias que andavas a rondar os caixotes de lixo a ver se encontravas alguma coisa que prestasse.
PINCHA:
Não tive sorte alguma! Muita mosca, mas «the remaining» é o mesmo. Nada se aproveita.

CÃO: E a propósito de vitória, quem achas que ganhou?
PINCHA:
Seguramente, não é o povo português que não necessita de derrotas nem de vitórias. Isso é para o futebol e para os politiqueiros. O que o povo necessita é de uma equipa «honesta» e «não-maldizente» que governe de acordo com as suas propostas eleitorais para a maioria dos que os elegeram, sem menosprezar as minorias que não conseguiram fazer vingar a sua voz mas que também têm muito de válido para oferecer.

CÃO: Como se poderia fazer isso? É quase impossível!
PINCHA:
Os partidos não apresentaram as suas ideias ou «promessas»? Algumas das promessas dos partidos que não venceram têm muita validade até para os que ficaram em maioria. Se essa maioria convidasse esses indivíduos com ideias válidas para fazer parte do elenco governativo, que mal viria ao mundo? Talvez o mundo funcionasse melhor! A não ser que o partido vencedor se julgue com toda a razão tal como fazia o «ditadorzinho das botas». Não verificaste diferença entre o «Barraca» e o «Embuste»? Em todos os partidos existem «cabeças» válidas; de contrário, não teriam qualquer voto. O que vão fazer estes indivíduos quando chegarem a compreender que todas as suas aspirações válidas são esmagadas, repudiadas, menosprezadas? Vão para a revolta ou calam-se e sofrem silenciosamente? Toda a panela de pressão tem uma válvula de escape! Descobriste alguma?

CÃO: Estás a falar em impossíveis.
PINCHA:
Não senhor. Seria tão bom que os políticos tivessem treino e perfil de estadistas e não uma atitude de vendedores de feira e meliantes maldizentes. Caso contrário é melhor ir trabalhar para a um campo de concentração ou para gangs de malfeitores. Pelo menos, seriam mais sinceros.

CÃO: Estás mesmo maldizente.
PINCHA:
Não. Sinto-me mais lúcido do que nunca e cada vez mais elucidado à medida que ouço as campanhas eleitorais e os auto-elogios dos governantes com toda a maledicência dos outros e para os outros. Afinal, a maioria dos que lá esteve fez melhor do que os outros que lá estão ou estariam? Se não se locupletaram fizeram alguma asneira ou favoreceram o partidário. Traz um foco de alta intensidade e uma lupa para tirarmos isso a limpo.

CÃO: Qual a razão de tantos votos brancos e nulos se a abstenção é muito grande?
PINCHA:
A razão é simples. Nos brancos não se diz nada; mas nos nulos aqueles que sabem escrever dirão alguma coisa? Provavelmente, os poucos eleitores que ainda «aturam» estes «politiqueiros de pacotilha» estão a mostrar, como no futebol, o cartão amarelo para não terem de mostrar o cartão vermelho dentro de pouco tempo.

CÃO: Estás mesmo pessimista!
PINCHA:
Qual a nossa reputação lá fora tirando alguns investigadores, empresários e quadros superiores que já nem devem querer saber deste país? É triste, mas é verdade.

CÃO: O que achas que se deve fazer?
PINCHA:
Falar menos, trabalhar mais, ouvir os outros, colaborar e tentar compreender sem nunca deixar de ter um rumo principal que é o de trabalhar para o bem do povo. Até amanhã. Vamos ver o que o futuro nos reserva.