quinta-feira, 6 de novembro de 2008

JOANA, «MADDIE», FILIPA, etc.

CÃO: Achas bem que as crianças «desapareçam» como tem acontecido e que depois nada se saiba acerca delas?
PINCHA:
Não acho aceitável, nem admissível e, muito menos, permissível.

CÃO: O que aconteceu à Joana?
PINCHA:
Naquela pacata aldeia, no caso da Joana, ninguém sabia o que se passava na família constituída pela mãe dela, padrasto, filhos e, eventualmente, tio? Se havia suspeitas de quaisquer «irregularidades», as pessoas, que habitualmente se metem na vida dos outros para coscuvilhar, nada disseram ou pretenderam nada ter visto. O que foi a violação dela pelo padrasto? Porque não houve uma vigilância discreta para avaliar aquela família?

CÃO: E as confusões com a «Maddie»?
PINCHA:
No caso da «Maddie», se os pais dela não são, de facto, culpados do eventual desaparecimento ou morte da sua filha, qual a razão de terem contratado um advogado de sua confiança para tomar parte num caso completamente diferente que é o das agressões à mãe da Joana, em que o mesmo inspector orientador é arguido? A mim deixa-me suspeitas. Porquê tanta gente «importante» envolvida? Porquê os «fundos» angariados? Porquê as suspeitas levantadas contra o Murat? Porquê declarações contraditórias dos próprios, com tentativas de «procura da filha» aparentemente irrealistas e enganadoras? Porquê a má aceitação das «descobertas» dos cães que são quase unanimemente aceites em todo o mundo e até, recentemente, num caso em Phoenix, nos EUA? Já falei nisso nos posts «AMEAÇAS» e «MADDIE, MADDIE, Onde estás tu?». Não te lembras?

CÃO: E o que aconteceu à Filipa?
PINCHA:
Quando a entregaram à família em que ela não estava inserida, deviam tomar as medidas de precaução necessárias para evitar quaisquer «lapsos». Não se sabia que o pai era toxicodependente? E não se podia ter «avaliado» a conduta da avó, a sua disponibilidade e possibilidade de albergar a criança bem como a sua capacidade para a «educar»? Para que servem os técnicos de segurança social? Para ouvir o que os outros dizem ou para os avaliar a partir das palavras, silêncios, omissões, atitudes e percurso anterior de vida?

CÃO: Mas eles não podem falhar?
PINCHA:
Podem. Mas, se todos se derem as mãos e trabalharem com honestidade e competência, pode ser que falhem menos, desde que esses técnicos não estejam sobrecarregados com «casos» em excesso que não lhes deixem tempo para respirar.

CÃO: E não haverá outra solução?
PINCHA:
Uma delas seria a de «educar» as crianças que já nasceram num ambiente saudável, com um lar a que têm direito. Até numa família adoptiva se pode fazer isso. Que diga Obikuelu. Uma boa educação pode, eventualmente, no futuro, «produzir» cidadãos que se preocupem mais com as questões pessoais, humanitárias, sociais e ambientais e não unicamente com dominação, vaidades pessoais e acumulação de riqueza e poder.

CÃO: E quem não conseguir «educar» os filhos decentemente?
PINCHA:
É melhor que não os tenha. Pelo menos acaba-se a «raça» dos «indesejáveis» que pouco ou nada de bom trazem a este mundo e que irão transmitir «hereditariamente?» os seus «defeitos» os quais podem ser fatais para os poucos que ficarão com o ónus de aguentar o nosso planeta que está a ficar cada vez pior.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

O BARRACA E O EMBUSTE

CÃO: Já felicitaste o Barraca Abana?
PINCHA:
Ainda não, mas foi uma vitória fantástica como não se via há 50 anos.

CÃO: Houve comentadores políticos televisivos que antes não tinham a certeza da vitória , mas hoje já dizem que esperavam uma vitória mais «estrondosa».
PINCHA:
São aqueles que dizem que sabem tudo mas dão a «volta ao texto» logo que podem a fim de garantir que sempre tiveram razão. O público é que não os entende! São bons para a nossa política e para a coscuvilhice.

CÃO: Ouvi o comentário na SIC. Mas o que achaste das eleições?
PINCHA:
Julgo que foram renhidas e nunca tive a certeza absoluta que o Barraca ganhasse por várias ordens de razões.

CÃO: Explica melhor.
PINCHA:
Os preconceitos raciais ainda continuam e acho que os americanos são mais «racistas» do que os europeus, embora tentem aparentar o contrário.

CÃO: Então, como é que explicas a vitória?
PINCHA:
Em primeiro lugar, o Barraca não se afirmou como branco, negro, meio branco e meio negro ou qualquer outra coisa semelhante. Disse que era um ser humano do mesmo modo como todos os outros. Afirmou que existia um sonho americano que podia ser posto em prática. Garantiu que pugnaria pela paz e mudança contemplando especialmente os mais desfavorecidos. Teve a favor a sua prática de ajuda aos que mais precisavam, quer nas acções de rua quer no Senado, ao contrário da prática de outros senadores. Fez ver a todos que tinha chegado o momento de mudança a qual era possível desde que todos aderissem. Com as asneiradas que o Embuste fez durante os oito anos de Casa Branca não havia outra alternativa. A América achou que era tempo de mudança e, antes que o «outro», colado ao Embuste, fosse vitorioso, apressou-se a ir votar. E até os correligionários do Embuste assim o fizeram para não os deixarem perpetuar o regime. Reparaste na participação que houve?

CÃO: E achas que o Barraca Abana será um bom Presidente?
PINCHA:
Pela minha maneira simplista de avaliar as coisas através da aparência e dos factos que vou observando, cheguei à conclusão que sim. Antes de tudo, ele não tem «cor» e é um ser humano. Não nasceu rico. Viveu com várias famílias. Praticou a solidariedade social nas ruas. Já se meteu na droga e recuperou para estudar e formar-se com um curso superior. Desde criança, viveu em outros dois locais diferentes dos EUA continentais, mas menos desenvolvidos. Quando senador, mostrou ser solidário com os menos favorecidos. Não se serviu do cargo para «fazer dinheiro» e «mover influências». Nos seus discursos, mostrou-se sereno e pouco «agressivo». Disse ser adepto da paz e das boas relações com os outros países. Mostrou um grande respeito pelo adversário a quem felicitou pela coragem demonstrada no combate eleitoral. Não prometeu milagres nem disse que iria apoiar os negros ou qualquer outro grupo étnico, político ou religioso. Afirmou que a sua grande preocupação é a economia do país e a melhoria de vida dos mais desfavorecidos. Para isso, até se pode servir dos não partidários ou independentes que sejam válidos e vantajosos para o país. Não se mostrou arrogante com a vitória nem se pôs nos bicos dos pés «apesar de ser afro-americano» e um «caso raro» numa sociedade esclavagista até há bem pouco tempo. Falou em esperança e mudança e é disso que os americanos necessitam.

CÃO: E o resto do mundo que parece ter ficado contente?
PINCHA:
Mal seria se o resto do mundo fosse tão tanso e pretencioso como o Embuste! Até alguns dos resquícios que o apoiaram na invasão do Iraque não estão agora nos lugares chave de então. Mesmo assim, teriam ido felicitar apressadamente o Barraca. A política é assim!

CÃO: E com este não será também assim?
PINCHA:
Espero que não. Quase todo o mundo o felicitou, parecendo entusiasmado e esperançado com a sua ascenção ao posto mais alto duma das nações mais poderosas. Pelo que já vi nele, espero que seja mais Homem que político. Já delineei muitas das características dele que não são apanágio da maioria dos políticos que conhecemos. E a mais importante, é porem-se nos bicos dos pés. Este parece que anda com os calcanhares no chão! Bom sorte para ele e, como dizem os «índios», «God Bless You!».

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

«NEGÓCIOS» DO BANCO PORTUGUÊS.

CÃO: Ouviste hoje à noite o Miguel Cadilhe?
PINCHA:
Ouvi e pareceu-me sincero.

CÃO: Então, porque razão o Governo não aceitou a proposta dele?
PINCHA:
Será porque o Governo não é do seu partido?

CÃO: Pode ser. Mas olha que são todos dum só partido que se diz preocupado com o povo!
PINCHA:
É verdade. Todos esses «inocentes» que provocaram a situação são, de facto, desse partido. Até a MFL. Por acaso, Oliveira e Costa, antes de ter problemas de saúde, não foi taqmbém membro do Governo? Rui Machete e Dias Loureiro de que partido são? Não eram também daquela empresa informática que causou problemas na colocação de professores? COMPTA quererá dizer competência? E os que não exerceram a supervisão em tempo oportuno? São do mesmo partido ou haverá algum laxismo nisso? Contudo, foi necessário que Miguel Cadilhe estivesse nesse Banco para se «descobrir a careca».

CÃO: Em tempos, também foi ele que descobriu e denunciou o nascimento do «monstro»! Lembras-te?
PINCHA:
Também me lembro do «pântano». Mas isso não chega. Uma coisa é a honestidade e outra é o clubismo. Achas que o Benfica iria aplaudir o Sporting mesmo que este jogasse bem? E se jogasse contra o Porto e ganhasse a partida? Todos haviam de «arranjar» qualquer coisa para denegrir o adversário. Assim é o clubismo político, sempre a pensar nos seus correligionários e nunca no povo em si. Mas «garganta» não lhes falta para dizerem que trabalham para o bem do povo… … … Esquecem-se de especificar que é o «deles»!

CÃO: Tu achas que isso é válido?
PINCHA:
Tanto não acho que nunca fui de qualquer partido. Ainda estou inteiro.

CÃO: Explica-me isso melhor.
PINCHA:
Gostei da análise de António Vitorino embora ele não quisesse admitir publicamente que nas Forças Armadas pode haver problemas por resolver e que estão a ser protelados com «falinhas mansas» para «enganar o pagode».

CÃO: Como tu disseste, oxalá que a panela não esteja a ferver o que pode provocar algum destempero. Qualquer «inocente» pode ficar magoado com isso no meio da confusão.
PINCHA:
Esperemos que não, já que este Governo, nada simpático mas não arrogante, tem demonstrado algum bom senso e capacidade para um rápido golpe de rins quando necessário.

domingo, 2 de novembro de 2008

A PANELA DE PRESSÃO

CÃO: Ouviste o Gen. Loureiro dos Santos falar em nome dos militares?
PINCHA:
Não sei se legitimamente, mas ouvi. Devem ser factos relacionados com a arraia miúda porque os de cima estão sempre muito melhor do que os de baixo.

CÃO: Explica-me isso melhor.
PINCHA:
Tal como antigamente, para os terem na mão, os políticos satisfazem mais as chefias do que os de baixo, tanto nos militares como nos civis. Os cartões de crédito são para quem? Para quê, se todos têm o seu vencimentos? E os outros ainda têm despesas de representação além de outras benesses. Os alojamentos ou casas a 100€, de que fala um jornal, para quem são? Para a arraia miúda que muitas das vezes tem de se alojar precariamente?

CÃO: Achas também que na saúde as coisas vão mal? Não achas que os militares são uma casta privilegiada?
PINCHA:
Quando os militares vão para a guerra e deixam a família entregue a si própria, achas que eles terão «cabeça» para as suas missões arriscadas se descobrirem que a família pode estar a passar maus momentos por falta de assistência? Disso, o Loureiro dos Santos não se lembrou quando lhe fizeram a pergunta. Os civis estão sujeitos aos mesmos perigos? Será de caminho para o emprego? São muitas situações vividas por muitos daqueles que são pais e familiares de militares no activo. Era guerra mais a sério, sem direito a «refilanço» e quase sem compensações. Era para «defender a pátria». Não sei de quem. Foi por estas e muitas outras «asneiradas» do Governo que se deu o 25 de Abril apesar da «brigada do reumático» ter ido ao beija-mão pouco tempo antes. O sofrimento e os abusos têm limites e … quando a panela está com a pressão máxima só pode estoirar se não se abrirem rapidamente alguns «furinhos» para descongestionar o ambiente! Muitas vezes, o mal de tudo isto, são os políticos, mesmo os actuais, por nunca terem tido uma experiência de guerra séria e real. Ficaram pelos gabinetes durante algum tempo para depois ingressarem na sua vida, a que logicamente teriam direito, se não fosse a maldita e estúpida guerra suportada por quase toda a população e mantida durante anos pela vontade de políticos estúpidos e incompetentes, sem visão do futuro.

CÃO: Como seria possível que não houvesse guerra?
PINCHA:
Muito simplesmente, chamando todos os maiorais de cada território e estabelecendo com eles pactos de entendimento no sentido da autodeterminação. O que se fez agora com os Açores e a Madeira? Porquê? Para além dessa futura autodeterminação, aumentar nesses territórios a instrução, que era bem precisa, e trazer para Portugal muitos elementos desses territórios para os instruir e preparar para a governação, estaria, neste momento, a dar resultados surpreendentes numa comunidade lusófona sem necessidade da CPLP.

CÃO: Já falaste nisso no teu post dedicado à governação actual. Mas o mal dos militares?
PINCHA:
Se os manda-chuvas de cada um dos ramos da governação forem aliciados para pactuar com o governo ficando silenciosos quanto às necessidades e anseios dos que são por eles governados ou comandados, as coisas podem não funcionar como deve ser e quando se der o estoiro deve-se ouvir ao longe e alguém pode ficar ferido. Lembra-te que o 25 de Abril começou assim e deu no que deu. Para nossa «desgraça» foi aproveitado por mais alguém. Não teriam sido os capitalistas? Não teriam «montado» toda a «trama» aproveitando a ingenuidade de alguns esquerdistas?

CÃO: E em questão de vencimentos?
PINCHA:
Tu sabes que os militares não podem fazer coisa alguma sem autorização dos chefes legítimos? Sabes se eles têm horários a cumprir, como os civis, ou se tem de estar sempre disponíveis? Sei que antigamente não podiam exercer qualquer outra função, não podiam actuar em público e nem se podiam matricular numa Faculdade se não tivessem autorização específica para tal, que era dada só a alguns. Acontece o mesmo com os civis? Como já perguntaste, uma coisa é ser uma casta, mas outra é ser «escravo» sem direito a refilar. Porque é que os militares não têm um sindicato como os civis? Por serem uma casta ou serem tratados como escravos? Achas que ganham muito apesar de não poderem «aumentar» o seu rendimento com «biscates» enquanto os outros podem fazê-lo sem estar sujeitos aos perigos que os militares correm? É por isso que interessa aos políticos «tratar bem» os manda-chuvas do mesmo modo como acontecia antigamente. É para que os «escravos» não tenham «direito à indignação».