quinta-feira, 12 de abril de 2007

Engenheiros e Doutores

Cão: Viste ontem, dia 11 de Maio, no canal 1 da TV, a entrevista com o Primeiro-Ministro?
Pincha:
Sim, Porquê?

Cão: A Judith Sousa não fez a entrevista! Porquê?
Pincha:
Deve ter ido de férias forçadas com ou como alguns da UnI que por lá estudaram ou deram aulas.

Cão: E achas que Sócrates é Engenheiro?
Pincha:
Deve ser tão Engenheiro como o Marques Mendes é Doutor.

Cão: Como assim?
Pincha:
Não vês que na nossa sociedade, tal como na brasileira, é muito importante ser, doutor, engenheiro ou coronel? A «sociedade» aceita melhor essas pessoas, pelo menos aparentemente.

Cão: Explica melhor.
Pincha:
Basta ter um bacharelato em engenharia para se ser engenheiro técnico. Antes do «25 de Abril» eram técnicos de engenharia. Suprime-se o técnico e deixa-se o engenheiro. Basta também ter uma licenciatura para se chamar doutor. Se tens dúvidas vê como agora, através do «Bolonha» querem o grau de licenciatura em vez de bacharelato com três anos de curso superior. Também o dono de uma roça grande passa se ser Coronel, talvez depois de passado por capitão. Queres mais?

Cão: Não. Mas, porquê toda esta polémica agora com os graus académicos?
Pincha:
Não ouviste dizer que era porque havia nisto «interesses» de alguém?

Cão: Que interesses?
Pincha:
Não sei, mas acredito que tencionem misturar negócios com política.

Cão: Que país este? Quando é que chegamos à democracia?
Pincha:
Quando exigirmos que os políticos governem bem e defendam os interesses do país e dos seus cidadãos em vez de se utilizarem da política para «encherem os bolsos» ou tirarem dividendos para si e para os seus. Que diplomas ou curso superior têm Lech Walesa ou Xanana Gusmão? Conseguem ser piores governantes do que muitos dos que se «pavoneiam» com os seus diplomas ou «cortesias» sociais?

Cão: Isto não se vê aqui, pois não?
Pincha:
Tens alguma dúvida?

Cão: Até amanhã que é véspera de fim-de-semana e tenho de começar a preparar-me para descansar.
Pincha: Bem. Diverte-te a marcar o teu território mas não como da primeira vez!

quinta-feira, 5 de abril de 2007

OS DIRECTORES-GERAIS «ESPECIAIS»

Cão: Já reparaste no burburinho que estão a fazer por causa de um Director-Geral de Finanças?
Pincha: Não consigo compreender porque.

Cão: Será um super-homem que trabalha sozinho sem a colaboração dos seus subordinados?
Pincha:
Não sei, mas julgo que isso é impossível. Senão, como teria tempo de executar a totalidade do serviço de fiscalizar, informar, cobrar e controlar toda essa máquina burocrática e financeira? E para que existiriam os restantes funcionários? Será por isso que são excedentários?
Cão: Se calhar, os «manda-chuvas» acham que todos os outros funcionários são incompetentes.
Pincha:
De facto, agora, mais do que nunca, estão a passar um atestado de incompetência a todo o funcionalismo público. Com a lei da «mobilidade», qualquer um pode ser transferido de Ministério. E, depois, quando mais convém, não irão descobrir entre os «mobilizados» alguém especial para ser contratado a preço de ouro? Não seria a primeira vez!

Cão: Qual seria o vencimento que iriam dar a esse funcionário se aceitasse o cargo?
Pincha:
As simpatias são apenas para os estranhos. Com os «de casa» podemos nós bem. Senão, também o Presidente da República e o Primeiro-Ministro iriam pedir aumento de ordenado a fim de serem eficientes e eficazes tal como o tal Director «especial».

Cão: Provavelmente, como não melhoramos em quase nada desde 1974, e a economia, continua sempre «em baixa» seria bom «contratar» alguém que pusesse as finanças em ordem para conseguirmos sair da «cepa torra» ou da «fossa» em que nos vamos atolando cada vez mais.
Pincha:
Não estás a pensar no clone de Salazar pois não?

Cão: Adeus, antes que digas mais disparates.
Pincha:
Hoje é Quinta-feira e estamos a 1 de Março de 2007.

CãoPincha

Veja o CãoPincha e contacte-nos com as suas intervenções nos locais que lhe estão reservados. Agradecemos a sua colaboração.
Por enquanto, temos o diálogo entre o Cão e o Pincha, dois velhos «amigos» que desconfiam um do outro apesar de poderem conviver «pacificamente».
Não é assim na política?
Este BLOG, deveria ser chamado CãoPincha. A ideia começou a ter forma a partir do livro Cãopêndio. Destina-se a discutir, fazer e receber críticas, dar e obter informações, trocar ideias ou simplesmente, dialogar sobre factos, assuntos e temas que a todos interessam.
Enfim, conversar amenamente, sem preocupações, preconceitos ou animosidades.
Vamos transformar este espaço em diálogo para a construção de uma sociedade melhor e mais divertida do que aquela em que vivemos actualmente?
Quem me diz onde poderei adquirir um exemplar de Cãopêndio, de Tóssan, que vi na década de 90 do século findo, cheio de figuras de cães nas situações mais diversas e divertidas e julgo ter sido editado em Coimbra?

quarta-feira, 4 de abril de 2007

REVOLUÇÃO DE ABRIL

Sou um cidadão português que já viveu bastante e não se conforma com o rumo que a nossa sociedade está a tomar. Sem pertencer a qualquer partido político, acho que todos temos algo de bom e muito de mau. Bom é o idealismo e o desejo de construir uma sociedade melhor do que a nossa. Mau é a ambição demasiada, o nepotismo, a ganância e a sede de poder. Como somos políticos, quer queiramos quer não, temos o direito e a obrigação de intervir de modo a conservar o que temos de bom e tentar evitar o mal.
Vamos «trabalhar» no bem para evitar ou diminuir o mal.
Por exemplo, a revolução de 1974 foi, para mim, muito boa até 2 de Maio. A partir daí, começaram os disparates de muitos. Em vez de se eliminarem as coisas más, houve uma preocupação exagerada de mudar tudo, desperdiçando coisas boas que ainda existiam na época.
Foi pena. Senão, neste momento, estaríamos muito melhor do que a Espanha.
Não estamos no bom caminho. Vamos deixar que tudo se processe assim? Intervenha!