sábado, 28 de fevereiro de 2009

Ies We Quend

CÃO: Ouviste aquela blague, desta noite, na SIC, depois do noticiário?
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O novo slogan político «Ies We Quend»?

CÃO: Provavelmente alguém gostou do «Yes We Can» de Barack Obama, dos EUA, e o quis transferir para a nossa política.
PINCHA:
Achas que isso daria algum resultado com a nossa mentalidade e as nossas «manhas»? O que mais teríamos é “Yes Weekend” que daria para muitas palavras, imensos descansos e inúmeras aldrabices.

CÃO: Estás a falar dos discursos inflamados, de hoje, no Congresso do PS?
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Mais ou menos. Todos são os maiores defensores dos pobres e desprotegidos e os mais preocupados com o desenvolvimento do país. Apresentam ter óptimas intenções mas as acções são quase invisíveis neste sentido.

CÃO: Quanto a isto, não há partido que escape. São todos o mesmo. Enquanto não estão no poleiro prometem muito e logo que lá chegam falam sem parar para anunciar o «nada» que fizeram e aquilo que ainda não conseguiram executar por causa dos outros, dando justificações mirabolantes.
PINCHA:
Meu amigo, política é assim e os bons políticos, como dizia há dias um velhote do campo: “prometem o que não têm, ficam com o que não lhes pertence e dão o que não é deles.”

CÃO: De facto, toda a nossa situação política já tresanda a desgraça. Não sabemos como será o dia de amanhã.
PINCHA:
Apronta-te para passar muitas dificuldades, mas não desanimes. Já passámos séculos assim e os próximos não serão melhores; aprende e habitua-te a isso e não fiques eufórico quando surgirem alguns tempos de «bonançazinha».

CÃO: Pelos vistos, para que isto não aconteça, tudo deve começar na educação que a pessoa tem em casa, bem como na instrução que deve ter nas escolas. Nós aprendemos com os nossos pais e donos. Leva tempo até aprendermos a fazer chi-chi e cocó fora de casa e a horas certas ou a dar aos donos a indicação da nossa súbita necessidade imperiosa. Necessita de muito treino e do apoio que o dono nos dá ao longo de todo esse tempo.
PINCHA:
Já compreendeste que tudo isto exige muito empenho de cada um? Os cães que não têm dono nem são treinados devidamente sujam tudo. Não são benquistos e sofrem com isso. Vivem em condições precárias. Connosco, é a mesma coisa. A democracia em que vivemos exige aprendizagem, respeito pelo nosso semelhante, aceitação dos direitos e necessidades dos outros e limitação das nossas aspirações quando vão de encontro ou contra os direitos de alguém. Tudo isto pode ser feito tanto por coacção como voluntariamente. Aqui reside a maior ou menor democracia que exige a participação de todos para o estabelecimento e cumprimento de regras fundamentais para o seu bom funcionamento.

CÃO: Mas, pelo que vejo, nós respeitamo-nos mais do que os humanos.
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Talvez. Pode até ser que a nossa educação seja desvirtuada pela ganância e com a necessidade de poder e dominação que tem vindo a crescer ao longo dos tempos.

CÃO: Então, pelos vistos, vocês têm de ser educados a conviverem democraticamente para não terem uma vida que há trinta e cinco anos disseram que não desejavam.
PINCHA: Tens razão. Há alguns dias conversámos sobre as cartas que Quirino de Jesus escreveu a Salazar. Se não houvesse o «desvio» que ele começou a prever antes de morrer, se a melhoria da instrução fosse eficaz, se a «educação» dada em casa fosse com compreensão, verdade e sem medo, se os «verdadeiros» valores morais fossem preservados sem camuflagens, falsas virtudes e preconceitos baratos, provavelmente, teríamos hoje cidadãos mais aptos a preocuparem-se com o bem comum e não com as vantagens pessoais.

CÃO: E o 25 de Abril não foi feito para isso?
PINCHA:
Disseram que era feito para isso mas quem o orientou não tinha sido educado nos valores dos quais estive a falar. Alguns que tomaram o poder eram dos mais corruptos com provas dadas no Ultramar e até aqui. Não se podia esperar deles mais do que fizeram. Lembras-te da «colecta» de «um dia de trabalho» feita pelo MT? Só não conseguiram fazer mais porque alguns portugueses ainda possuem alguns resquícios dos valores dos quais estive a falar e conseguiram impedir o pior.

CÃO: E achas que haverá alguma salvação para tudo isto?
PINCHA:
Talvez, se a nossa educação familiar criar outros valores e os pais se preocuparem mais com os filhos do que com o seu aparente bem-estar e efémera «curtição». Além disso, a instrução tem de melhorar para que mais cidadãos participem na governação comum. A actual crise pode ser que ajude a «dar uma volta por cima». As próximas eleições serão um teste. Qualquer que seja o resultado, se a abstenção diminuir, a «democracia» estará a aumentar. Caso contrário, não podemos esperar bons tempos.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A HIPNOSE É ÚTIL PARA QUEM?

CÃO: Ficaste satisfeito com a resposta que nos deram no psicologiaparaque?
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Mais ou menos. Assim as pessoas, pelo menos, podem executar alguns procedimentos necessários e indispensáveis para o alívio das suas dificuldades.

CÃO: Já pensaste que sem a tua intervenção isso não aconteceria?
PINCHA:
A nossa conversa foi neste sentido e, por isso, fizemos a nossa intervenção que deu resultado. Sá não esperava que fosse tão rápida.

CÃO: E a intervenção de Carlos Lopes Pires na Sociedade Civil, da Fernanda Freitas, de ontem, sobre a Hipnoterapia?
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Achei interessante e também senti que o Carlos Lopes Pires defendeu a sua posição de forma muito aguerrida.

CÃO: Mas não achas que ele tem razão?
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Acho que sim. Mais do que razão! Mas fiquei mais satisfeito ainda quando ela foi especialmente complementada com a intervenção de Paulo Fonseca, Jurista da DECO.

CÃO: Nós temos de saber quem é o hipnoterapeuta e quais são as habilitações que ele possui.
PINCHA:
Mas já se ouviu dizer também que não existem hipnoterapeutas e que a pretensa hipnoterapia é tão válida como a bisturioterapia. O que existe é a hipnose e o bisturi que são dois «instrumentos» a serem utilizados quando e como necessário. O mais importante é saber em que mãos ficam. Se forem as de um drogado ou de um vigarista estamos tramados. É o mesmo que deixar as armas nas mãos dos criminosos até sem as entregar aos polícias.

CÃO: O psicologiaparaque já disse qualquer coisa sobre o assunto. Julgo que não foi há muito tempo. Vai lá ver ao blog e faz uma pergunta ou pede a sua intervenção.
PINCHA:
Qual o teu problema se não tens coisa alguma a ver com a hipnose?

CÃO: Achas que sim? A hipnose é útil para quê e para quem? Para o «doente» ou para o «hipnoterapeuta»? Se algum dia um hipnoterapeuta me agarra na rua e me desvia dos marcos que devo deixar nas minhas propriedades?
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Tens razão. Vou já fazer aquilo que me dizes, seguindo todos os teus conselhos.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

CARNAVAL CENSURADO

CÃO: Achaste bem que um Magistrado proibisse a expressão de ideias gráficas no Carnaval de Torres Vedras?
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Isto até parece uma censura. Mas já foi, felizmente, «descensurado». E só porque uma cidadã resolveu queixar-se à Justiça dizendo que os conteúdos eram pornográficos! Se essa cidadoa viu as poses das vampiras não viu o atributo do futebolista? Até parece mentira. Ou será que lhe caiu no goto?

CÃO: E o que é que a Justiça tem a ver com isso? Com os gostos ou desgostos de cada um?
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Não sei, mas antigamente a censura também tinha medo que os portugueses se desviassem dos «bons caminhos» exemplificados por Salazar e pelas famílias mais conceituadas da sociedade portuguesa como as do Ballet Rose.

CÃO: Não digas isso, porque o Ballet Rose nunca existiu.
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Já estás como o «eclesiástico» da Argentina que disse que o Holocausto nunca existiu?

CÃO: Viste alguma publicação da época sobre isso? Hitler nunca disse que isso existia!
PINCHA:
Estás e brincar comigo? Além disso, tu não sabes ler e só ouves dizer aquilo que os outros lêem para ti.

CÃO: E o que é que tu dizes?
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Se quiseres, senta-te e ouve com atenção aquilo que vou ler. Até Quirino de Jesus, o principal ideólogo de Salazar, pouco antes de morrer em Abril de1935, escreveu-lhe uma carta, como sempre manuscrita, provavelmente em finais de 1934, onde, entre outras coisas, dizia o seguinte:

“Meu caro amigo
… Um velho leitor de Gustavo Lebon conhece o valor dos mitos e a potência das ideias
místicas. Há 40 anos que li a psicologia das multidões. Quem governa tem de aproveitar todas estas forças e manejar as alavancas do espirito publico, mas é preciso cuidado com o alcançe prático a dar aos mitos para se não cair em ilusão perigosa e não iludir os outros.
Mas eu não tenho que pregar a um convertido.
Se me agrada tudo que crie um pouco de ideal, temo o desenvolvimento excessivo do poder publico que considero útil temporariamente, mas só num tempo curto. A censura é hoje um obstáculo à crítica constructiva. A pretexto de se eliminar a critica demolidora e mal dizente matou-se a critica fiscalizadora, fez-se o silêncio á sombra do qual medram as mediocridades. Já no poder se vê com maus olhos que tratem scientificamente certas questões só porque as conclusões da sciencia se não harmonizam com os prejuizos de quem manda. É o abuso do poder, que não tem
controle. Isto é mal, é vicioso, desvirtua o espirito publico.
Como seria util estabelecer em bases concretas e acomodadas ás forças do pais o código regulador da censura!
Como está é o arbítrio do poder dos pobres homens que perdem noites a ler os jornais e estragá-los m.tas vezes.
Há uma critica constructiva e
moderadora
dos impulsos hitlerianos de certos pequenos despotas.
Construir e moderar seria obra de boa imprensa. Estive dois dias no norte a ver escolas (25 e 26) o por lá encontrei casos que justificam o que acabo de dizer sobre a imprensa.
Muita saúde lhe dê Deus
Quirino de Jesus”

Esta carta pode estar datada de 1934 e parecer de 1937 porque não é difícil confundir um 4 mal feito com um 7. A transcrição é da página 101 do livro Cartas e Relatórios de Quirino de Jesus a Oliveira Salazar, publicado em Março de 1887, pela Comissão do Livro Negro Sobre o Regime Fascista, da Presidência do Conselho de Ministros.
Como Quirino de Jesus morreu em Abril de 1935, provavelmente, ninguém mais deu conselhos, pelo menos semelhantes, ao velho «ditadorzinho» que nunca mais descalçou as botas.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

«VIA-CRATES»

CÃO: Ouviste a notícia sobre a via rápida que, numa urbanização de Vila Franca de Xira, vai dar a um monte?
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Não compreendi como é que a mesma foi feita.

CÃO: O construtor da urbanização fez uma obra sólida.
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O monte e as curvas não existiam quando a planta foi feita? O projecto não foi aceite pela Câmara? A viabilidade da obra não foi aprovado por quem de direito (e dever)?

CÃO: Não sei como foram feitas todas essas coisas mas parece que devia haver responsáveis pela execução das obras.
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Se não é assim, o que fazem os serviços camarários? Mexem nos PDM quando lhes convém e aprovam os projectos que mais vantagens lhes dão?

CÃO: Tu achas que o Presidente da Câmara da época é também responsável?
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Não é ele que, em última instância, aprova o projecto?

CÃO: Então, houve qualquer coisa que correu mal.
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Se correu mal, não sei. Também não sei se correu bem para alguém. Mas agora, vai correr mal para os munícipes que têm de pagar a remoção dessa via que de nada serve e construir outra por conta própria.

CÃO: E se fosse o Presidente da Câmara a pagar tudo isso?
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Se os Administradores dos Bancos não pagam, porque hão de ser os Presidentes das Câmaras a pagar? E olha que os descalabros são muito maiores e envolvem muito mais gente!

CÃO: Como o nariz do Pinóquio que é escandaloso e ofensivo? E quando os jornalecos partidários dão «traulitadas» nos adversários e ninguém liga importância? Se isso aconteceu durante anos e por muitas vezes, qual a razão de fazer divergir a atenção para assuntos de menor importância quando o país necessita de reformas mais eficazes?
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Já são distracções a mais. Os mestrados em gestão, as licenciaturas em engenharia, as especializações em inglês, as resoluções à pressa e em fim de mandato…

CÃO: Necessitam de tomar IMODIUM. «Toma isso antes que a situação tome conta de ti».
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Pode ser que isso não chegue e que a dor de barriga tenha outra causa.

CÃO: O que queres dizer com isso?
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Que os portugueses deixam-se enganar mas não são parvos de todo.

CÃO: Não estou a chegar a lado algum. Estou baralhado.
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Eu também, por enquanto.

CÃO: O que farias neste caso se todos os dirigentes e políticos são assim?
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Iria acomodar toda essa gente no local onde as moscas pousam, numa cama bem fofinha.

CÃO: E o que faço hoje?
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O melhor que podes fazer é dar uma volta por Alcochete, Vila Franca de Xira, Montijo e arredores. Falamos depois na próxima semana.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

MORRER EM PAZ

CÃO: Até que afinal, Eluana conseguiu morrer sem mais entraves.
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Isso dizes tu. Já sabes a confusão que se gerou em Itália com a sua morte?

CÃO: Não sei porquê. As pessoas já não podem dizer e fazer aquilo que querem?
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Podem, desde que não seja contra a vontade de alguma maioria.

CÃO: Se fosse prejudicial para alguém, talvez conseguisse compreender, mas do modo como foi, nem consigo compreender a razão de Eluana ter sido obrigada a viver (ou a «vegetar»?) por mais de uma dezena de anos.
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A lei não permitia a sua morte.

CÃO: Quem faz as leis?
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Os legisladores e os governantes, geralmente eleitos pelo povo.

CÃO: Que os médicos sejam «obrigados» a manter a pessoa viva e de boa saúde, compreende-se perfeitamente, mas «obrigar» os médicos a manter uma pessoa a vegetar a vida inteira contra a vontade do próprio é inadmissível.
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Também não compreendo isso porque em qualquer intervenção cirúrgica os «doentes» ou «utentes» são obrigados a assinar um termo declarando que conhecem os riscos da intervenção e que concordam com a mesma.

CÃO: No caso presente, parece a vida travar uma luta inglória com a morte. Parecem dois lutadores com capacidades desiguais, em que a Morte, mais forte, lança por terra a Vida e a humilha permanentemente, deixando-a rojar pelo chão sem qualquer hipótese de sair dessa situação indesejável, aflitiva e vergonhosa. Os espectadores aplaudem esta luta desigual sem admitir que a Morte possa ter o seu epílogo. Lembra-me as lutas dos gladiadores. E com as feras como seria?
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Mas lembra-te também que tens o Papa a clamar pela não-eutanásia.

CÃO: Sim. Tenho tanta pena que alguns desses defensores da não-eutanásia, embora consciente, voluntária, justa, aceitável e «vantajosa» para o próprio, não fiquem num estado semelhante para serem obrigados a continuar a «vegetar» como aconteceu com tantos.
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E agora, a crise política na Itália envolve o Primeiro-Ministro, quase «contra» o Supremo Tribunal de Justiça!

CÃO: Esses «manda-chuvas» políticos, religiosos ou quaisquer outros, parece que só sabem dizer e fazer disparates, de vez em quando e nas piores ocasiões.
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Estás a fazer-me lembrar «Os Casamentos dos Sarilhos» (21JAN09) do Cardeal Patriarca de Lisboa.

CÃO: O que te posso dizer é que no reino animal não existem incongruências desse tipo a não ser as óbvias e «naturais». A Morte e a Vida são factores que têm a sua intervenção no momento oportuno. O que temos de fazer é viver bem, tanto quanto possível, com as leis da Natureza e de acordo com a satisfação que ela nos proporciona. Quando existem situações contrárias, temos de nos defender delas mas não necessitamos enfrentar as «manhas» dos restantes elementos.
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De facto, vocês têm uma vida mais concordante com a Natureza e sem as ambições, competição desenfreada, ganância, etc. tudo criado pelo género humano.

CÃO: Quando é que vocês começam a viver e a desfrutar a vida como nós?
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Quando a nossa civilização, que ficou insatisfeita com a vida tribal que antigamente levava, for capaz de se readaptar às normas antigas utilizando as novas tecnologias e economias de que dispõe e que poderiam ser favoráveis para todos.

CÃO: E se houvesse uma melhor distribuição de riqueza e benesses!
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Sim. Para tanto é necessário eliminar a inveja, a ganância e a sede de poder. Isso tem de começar pela educação que vocês também têm mas que no género humano é um pouco mais «intelectual» e «ética», portanto, mais complicada.

CÃO: Já que não fazem muita coisa que devem, mas fazem muitíssimo daquilo que não devem, pelo menos podem deixar que as pessoas vivam e morram conforme as leis da Natureza.
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Tens razão. Pelo menos podem deixar cada um, de acordo com a sua vontade, morrer em paz.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

OS VENCIMENTOS «DE MISÉRIA»

CÃO: Já soubeste que, nos EUA, Barack Obama vai tentar limitar os ordenados dos gestores, especialmente quando as empresas não dão lucros?
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E a Europa também!

CÃO: E Portugal?
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Ainda não pertence plenamente à Europa!

CÃO: Aqui é o terceiro mundo ou quarto mundo?
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Não sei.

CÃO: O mundo dos animais não é.
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Será dos superinteligentes?

CÃO: Queres dizer «vigaristas»?
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Não sei se será isso, mas é dos que se safam bem às aldrabices que fazem e que as transformam em trapalhadas em que os outros se vão metendo a pouco e pouco.

CÃO: Estás a falar no BPP, BPN, Vale e Azevedo e outros que tais?
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Sim. Nesses também. Arranjam tantas confusões, boatos, comunicados, desmentidos, justificações, atrasos, entraves, advogados que as coisas vão-se arrastando ao gosto do cliente e nas quais todos se deixam envolver até passar de prazo para que nada seja «consumível».

CÃO: Queres dizer que os processos de Casa Pia e outros que tais vão ficar em «águas de bacalhau»?
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Não tenho a certeza. Mas como as coisas vão andando pouco ou nada deve afectar os verdadeiros «culpados» se ainda conseguirem ser «descobertos».

CÃO: Achas que os «miúdos» fantasiaram?
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Convém que essa ideia vá para a frente porque depois, até se podem pedir indemnizações. Não seria a primeira.

CÃO: A vossa racionalidade dá para isso, não é?
PINCHA:
Infelizmente assim é a ainda bem que não chegou aos animais senão ainda arranjavas um motivo para me pedir uma indemnização.