segunda-feira, 18 de maio de 2009

DAS PALAVRAS AOS ACTOS

CÃO: Viste hoje à noite, na SIC, a entrevista que Mário Crespo fez a Paulo Portas?
PINCHA:
Vi e gostei bastante. Acho que a gestão dos assuntos sociais deveria ser entregue a uma Instituição idónea que fosse capaz de «produzir» bem-estar nos seus associados os nos outros visados que necessitam, de facto, de ajuda e de incentivos para refazer a vida que está a ser destruída cada vez mais pela crise actual. Concordo com muito daquilo que ele disse especialmente em relação aos apoios que se estão a dar aos bancos em detrimento dos que são dados aos necessitados e às pequenas e médias empresas.

CÃO: Ainda bem que te vejo satisfeito e a não «desancar» nos políticos.
PINCHA:
Eu detesto os políticos que se aproveitam ou quando se aproveitam da sua condição para se auto promover, criticar sem razão, «encher os bolsos» ou utilizar a sua posição, exclusivamente, em proveito próprio enquanto o povo que os elegeu fica a perder e a penar.

CÃO: Ainda bem que te vejo assim. Pareces mais animado.
PINCHA:
Mas qual a razão da tua animação e boa disposição?

CÃO: Estive com o homem do portão que me afagou e disse que tivera ontem um belo dia. Tinha contactado velhos conhecidos e colegas e recordado muita coisa de que se esquecera nos últimos tempos. Tudo isso lhe tinha feito bem já que conseguira compreender que a sua mágoa antiga continua a ser partilhada por muitos dos actuais colegas.
PINCHA:
Eu não te disse que antigamente os tempos eram muito maus e que agora, apesar da chamada «revolução» muita coisa se mantém na mesma? Tu tens pouca idade e não conheces os tempos antigos. Eu já vivi muito e com inúmeras dificuldades que existiam antigamente, quer no campo político, quer no económico e profissional. A tal «revolução» acabou em 2 de Maio como já falámos em tempos.

CÃO: Assim, nada disto vai mudar tão cedo enquanto a educação, a instrução e a economia não derem um grande passo em frente, como tu dizes?
PINCHA:
Sim. São aspectos fundamentais mais do que os de dar de comer a quem tem fome em vez de o ensinar, ajudar a aprender e proporcionar meios para produzir aquilo de que necessita.

CÃO: Mas, pelo menos hoje, ficaste satisfeito com a entrevista.
PINCHA:
Ficaria mais satisfeito ainda se eles passassem das palavras aos actos e não ficassem pela retórica. Vamos dormir que já é tarde. Amanhã falaremos mais.

1 comentário:

Mario de Noronha disse...

De facto, necessitamos de arregaçar as mangas e começar a trabalhar em vez de falar, falar, falar... e não fazer coisa alguma.